sábado, 24 de janeiro de 2015

Experimento com carboidratos

Introdução
Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. São as principais fontes de energia para os sistemas vivos, uma vez que a liberam durante o processo de oxidação. Participam na formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos. 
Os de constituição mais simples são monossacarídeos, possuindo fórmula geral (CH2O)n, sendo o “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptose. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses. 
Dissacarídeos são moléculas solúveis em água, resultantes da união de dois monossacarídeos, por uma ligação denominada glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos bastante conhecidos. 
Polissacarídeos são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.

Objetivo
Todos os experimentos tiveram como finalidade caracterizar e identificar os carboidratos. Este é um ensaio qualitativo, pois a intenção é descobrir a presença ou não de amido.

Matériais:
Tubo de ensaio (Volume minimo de 15ml)
04 estantes para tubos
Pipetas de 1ml e de 10 ml
Pêras
Conta-gotas
Bicos de Bunsen
Béquer de 100ml
Vidro de relógio

Reagentes:
Solução de amido
Acido sulfurico concentrado
Solução de lugol
Sacarose(açúcar)
Etanol 95%

Procedimentos:
A)   Reação de lugol: em um tubo de ensaio colocou-se 1 ml de solução de amido e depois acrescentou-se 2 gotas de lugol (iodo). A solução foi aquecida no Bico de Bunsen e continuamente agitada. O tubo foi retirado do aquecimento e posto para esfriar um pouco e depois foi resfriado em agua corrente. 
Resultado: depois de acrescentada duas gotas de lugol ao amido, a solução ficou azul escuro, indicando a presença do amido. Após um certo de aquecimento no bico de Bunsen a solução descorou (ficando bem clara, com um tom de cor transparente ou incolor). E ao resfriar com a agua a cor retornou.  por ser uma Moléculas de alto peso molecular, o amido  (composto por amilose e a amilopectina) sofre reações de complexação, com formação de compostos coloridos. O que ocorreu nesse procedimento foi a complexação da amilose e da amilopectina com o iodo, resultando em complexo azul e vermelho-violáceo. 
B)   Precipitação em etanol: em um tubo de ensaio foi misturado 5mL de etanol 95% a 1mL de solução de amido, que foi posto em um funil de separação onde sofreu o processo de decantação. O composto de dividiu em uma parte mais transparente e outra mais esbranquiçada, ao “abrir” o funil apenas a substancia mais branca que se encontrava embaixo desceu do funil, permanecendo nele apenas a substancia transparente. Em seguida com a Pipeta retirou-se a substancia transparente (que estava no funil) afim de descobrir qual substancia restou no funil. Nessa substancia acrescentou se lugol, que ao reagir com a substancia ficou com uma cor mais clara. 
Resultado: após a decantação o composto se dividiu em duas partes: uma mais transparente e outra mais esbranquiçada. Com a adição de lugol a essa substancia transparente, a reação desse composto criou uma cor mais clara, provando a ausência de carboidratos. Esta reação é consequente da falta de interação entre a amilopectina e o lugol (iodo), tornando a coloração menos intensa 
C)   Reação de desidratação: numa balança analítica foi pesado 1,05 gramas de sacarose comercial (açúcar comum) que foi posto em um béquer de 100 ml e adicionado 3 ml de acido sulfúrico. 
Resultado: o acido sulfúrico desidrata o açúcar, retirando a agua que nele contem deixando apenas carboidratos. Sabendo que o açúcar é composto por: oxigênio + hidrogênio + carboidrato, essa retirada da agua fez com que a substancia fosse escurecendo dando uma aparência de queimada/carvão. Após a retirada da água da molécula de açúcar (sacarose) sobra apenas o carvão (carbono).

Considerações finais

Em suma, o objetivo principal foi alcançado permitindo que fosse possivel a caracterização e identificação dos carboidratos. Levando ao entendimento sobre como ocorre a ação dos reagentes nos carboidratos, alem da identificação da presença ou ausencia de amido. Esses experimentos permitiram o aprendizado sobre tecnicas de caracterização dos carboidratos.

Nomeclaturas Quadril, Membros Inferiores (MMII) e Pé

QUADRIL: 
Ílio, Ísquio e Púbis
·         Fossa do acetábulo
·         Face semilunar
·         Incisura do acetábulo
·         Forame obturatório

FÊMUR:
(Epífise, Diáfise, Metáfise)
·         Cabeça do fêmur
·         Fóvea da cabeça do fêmur
·         Colo do fêmur
·         Côndilos medial e lateral

PATELA

TÍBIA:
(Epífise, Diáfise, Metáfise)
·         Tuberosidade da tíbia
·         Maléolo medial
·         Côndilos medial e lateral

FÍBULA:
·         Cabeça da fíbula
·         Ápice da cabeça da fíbula
·         Maléolo lateral

OSSOS DO PÉ:
·         Calcâneo
·         Tálus
·         Navicular
·         Cubóide
·         Cuneiformes (3)
·         Metatarsos (I, II, III, IV, V)
·         Falanges (distal, média e proximal)
·         Pododáctilos (I, II, III, IV, V)
     *Hálux

Nomeclaturas Membros Superiores (MMSS) e Mão

ESCÁPULA
·         Acrômio
·         Borda lateral e medial
·         Ângulo superior e inferior
·         Espinha da escápula
·        Cavidade glenóide

CLAVÍCULA
·         Extremidade esternal
·         Extremidade acromial

ÚMERO
·         Cabeça do úmero
·         Fossa do olécrano
·         Fossa radial (é bom saber)
·         Fossa coronóide (é bom saber)

ULNA
·         Olécrano
·         Incisura troclear

RÁDIO
·         Cabeça do rádio
·         Colo do rádio
·         Tuberosidade do rádio

OSSOS DA MÃO
·         Escafoide
·         Semilunar
·         Piramidal
·         Pisiforme
·         Trapézio
·         Trapezoide
·         Grande osso ou Capitato
·         Unciforme ou Hamato
·         Metacarpos (I, II, III, IV, V)
·         Falanges (distal, média e proximal)

·         Quirodáctilos (I, II, III, IV, V)

sábado, 17 de janeiro de 2015

Resumo da Lei nº8080

Resumo da Lei nº8080
Lei n. 8.080, 19 de setembro de 1990

Sancionada pelo Presidente da República, Sr. Fernando Collor, e decretada pelo Congresso Nacional, foi publicada no Diário Oficial da União em 20 de setembro de 1990.

Essa lei dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Vigorando em todo o território nacional, para qualquer ação ou serviço de saúde realizado por pessoas ou empresas.

Todos os Seres Humanos tem direito a prestação dos serviços de saúde básica e de especialidades, sendo esse fornecido pelo Estado. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Entretanto, o dever do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

A saúde tem como fatores determinantes a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. 

Promovendo condições de bem estar físico, mental e social.
Constituem o Sistema Único de Saúde (SUS) as ações e os serviços de saúde de instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e Fundações mantidas pelo Poder Público. Seus objetivos são:
I.a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;II.a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, o dever do Estado de garantir a saúde;III.a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.


Os campos de atuação do SUS, ainda, são: a execução de ações de vigilância sanitária, epidemiológica, farmacêutica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; a organização de políticas e ações de saneamento básico; sangue e hemoderivados; recursos humanos na saúde; vigilância nutricional; proteção ao meio ambiente; de medicamentos e insumos de interesse; de fiscalização (alimentos, produtos, transporte, guarda); desenvolvimento científico e tecnológico.

Seguem os princípios da universalidade de acesso; integralidade de assistência; preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; igualdade da assistência à saúde; direito à informação divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades; participação da comunidade; descentralização político-administrativa; integração dos das ações da saúde, meio ambiente e saneamento básico; conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; capacidade de resolução dos serviços de assistência; e organização para evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

Os serviços de saúde serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nível de complexidade crescente. E sua Direção, conforme o inciso I do art. 198 da Constituição Federal é única, exercida no âmbito da União pelo Ministério da Saúde e no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. Os Municípios podem constituir consórcios para desenvolver serviços de saúde.

Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. Essas comissões articulam as seguintes políticas e programas: alimentação e nutrição; saneamento e meio ambiente; vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; recursos humanos; ciência e tecnologia; e saúde do trabalhador.

São necessárias comissões permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior, cuja finalidade é propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do SUS.

Coube a União, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Foram estabelecidos o atendimento domiciliar e a internação domiciliar, que são componentes do SUS, bem como o cumprimento obrigatório da presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Os profissionais liberais legalmente habilitados e pessoas jurídicas de direito privado podem prestar assistência na promoção, proteção e recuperação da saúde. Para as empresas estrangeiras a participação direta ou indireta na assistência à saúde é vinculada à obtenção de autorização junto ao órgão e direção nacional do SUS.

Os registros e acessos aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos congêneres.
Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao SUS.

sexta-feira, 16 de janeiro de 2015

Situação da PPI nos Estados Brasileiros

Situação da PPI nos Estados Brasileiros
A Programação Pactuada e Integrada (PPI), é um processo instituído no âmbito do SUS, onde, em consonância com o planejamento em saúde, são definidas e quantificadas as ações para a população residente em cada território, bem como efetuados os pactos intergestores para garantia de acesso da população aos serviços de saúde.
Histórico

A Programação Pactuada e Integrada foi recepcionada pela Norma Operacional Básica 1996 (NOB 1996) que propôs como estratégia para a ampliação do acesso, a construção de redes regionais, orientadas por programações pactuadas e integradas.

A Norma Operacional da Assistência à Saúde (NOAS 01 / 02) colocou a PPI na agenda de todas as Unidades Federadas quando indicou como instrumentos orientadores para a organização das redes regionais, o Plano Diretor de Regionalização (PDR), o Plano Diretor de Investimentos (PDI) e a Programação Pactuada e Integrada (PPI).

A PPI e o Pacto pela Saúde
O Ministério da Saúde, trabalhando com amplo consenso resultado de muitos fóruns de discussões, produziu em 2006, uma proposta para a reordenação e a consolidação do SUS, convocando o país para assumir um compromisso com a defesa da vida e do próprio SUS e sua gestão – o Pacto pela Saúde. Na sua vertente Pacto de Gestão são estabelecidas diretrizes para a gestão do sistema, incluindo a Programação Pactuada e Integrada.

A portaria GM 1097, de 22 de maio de 2006, define o processo de Programação Pactuada e Integrada da Assistência, bem como estabelece seus objetivos, pressupostos, eixos orientadores e produtos.

Cabe ressaltar seus eixos orientadores:
Centralidade da Atenção Básica;
Flexibilidade na Conformação de Aberturas Programáticas;
Novos Parâmetros para a Programação das Ações de Saúde;
Integração das Programações da Assistência e Vigilância em Saúde;
Composição das Fontes de Recursos Financeiros Federais, Estaduais e Municipais a Serem Programados;
Fortalecimento da Relação intergestores.

Tendo como base os eixos orientadores, foi elaborada uma metodologia sintonizada com as definições do Pacto pela Vida e do Pacto de Gestão, para subsidiar estados e municípios no processo de programação pactuada e integrada da assistência. Ressaltamos que a metodologia está contemplada no volume 5 da Série Pactos pela Saúde.

O Novo SISPPI
Atualmente o DRAC (Departamento de Regulação Avaliação e Controle) e DATASUS vêm desenvolvendo um sistema informatizado para a Programação Pactuada e Integrada, denominado SISPPI, de uso opcional, com o objetivo de registrar as pactuações, constituindo como uma ferramenta de formalização das discussões intergestores e otimizadora do processo executado nas unidades federadas.

A Portaria nº. 1.097, de 22 de maio de 2006, define o processo da PPI da Assistência em Saúde, e, em seu art. 3º, aponta seus objetivos gerais: • Equidade no acesso às ações/serviços em todos os níveis de complexidade; • Alocação de recursos de custeio da assistência pela lógica de atendimento às necessidades de saúde da população; • Limites financeiros federais para assistência de média e alta complexidade, compostos por parcela destinada ao atendimento da população própria e pela parcela das referências recebidas de outros municípios; • Visualização dos recursos federais, estaduais e municipais, destinados ao custeio da assistência à saúde (transparência); • Subsídio para processos de regulação do acesso aos serviços (equidade); • Organização das redes de serviços de saúde (continuidade); • Transparência dos pactos intergestores resultantes do processo de PPI da Assistência e explicitados nos termos de compromisso para garantia de acesso.


Nas dimensões apresentadas acima, o novo SISPPI mostra-se como instrumento importante para a gestão e os gestores do SUS. Os fluxos estabelecidos devem ser pactuados entre os Municípios (com a participação das Secretarias de Estado da Saúde, e aprovados no colegiado bipartite – Comissão Intergestores Bipartite – CIB) de forma transparente, definindo-se, a partir de critérios e parâmetros populacionais e epidemiológicos, as ações/procedimentos e os recursos financeiros destinados à assistência da população própria e das referências recebidas de outros municípios.

O novo SISPPI é modular e no presente momento os módulos federal, estadual e municipal, testados em estados pilotos, estão em fase de homologação pela equipe da PPI/DRAC/SAS. Em breve estarão disponíveis no site.
O Relatório situacional da PPI no Brasil é apresentado no mapa abaixo. Dentre os estados que finalizaram o processo de PPI, encontram-se os participantes dos testes (estados pilotos) do novo SISPPI. Os estados em processo de programação utilizam as versão pré-lançamento do sistema.

Politicas de Saúde no Brasil (1900-2006)

Politicas de Saúde no Brasil
1900 à Entrada no século XX, o século das revoluções e do progresso na ciência e na saúde.
A situação da saúde publica no inicio do século XX é uma vergonha nacional, uma vez que epidemias de todos os tipos afetam o país, dentre elas a cólera, febre amarela, malária, varíola, tuberculose e pestes nas principais cidades brasileiras.
Em relação à assistência medica prestada a população, os pobres se contentariam com o atendimento feito pelas benzedeiras e hospitais filantrópicos mantidos pela igreja. Enquanto os ricos desfrutavam de médicos para socorrê-los.
Oswaldo Cruz é nomeado diretor de saúde e funda o Instituto Soroterápico que trabalha na produção de vacinas que foram utilizadas na campanha de eliminação das epidemias. Nessa campanha pessoas com doenças contagiosas foram levados para quarentena.
1904 à A campanha de vacina obrigatória contra varíola fez com que a população se revoltasse contra o governo federal. Embora seu objetivo fosse positivo, ela foi aplicada de forma autoritária e violenta. Em alguns casos, os agentes sanitários invadiam as casas e vacinavam as pessoas à força. Essa recusa em ser vacinado acontecia, pois grande parte das pessoas não conhecia o que era uma vacina e tinham medo de seus efeitos.
Doutor Emilio Ribas convive com doentes de febre amarela para comprovar que a doença não é transmitida pelo convívio. Além disso, ele dirigiu as obras de saneamento.
Com todas as campanhas de vacina as epidemias chegaram ao fim.
1917 1918 e 1919 à Operários de indústrias entram em greve que abalam as cidades do RJ e SP. Além disso, gripe espanhola atinge o Brasil e mata milhares de pessoas. Os médicos não sabem como combater a doença.
1922 à Tenentes se revoltam e tentam tomar forte de Copacabana
1923 à Deputado Elói Chaves cria lei que regulamenta os CAPs (Caixa de Aposentadoria e Pensões), que seriam financiados pelos trabalhadores, empresas e União, com isso os trabalhadores teriam assistência medica e direito a aposentadoria.
Doutor Geraldo de Paula Souza volta ao Brasil e funda o centro de saúde que tem função social e educacional, visando um atendimento voltado a família que o centro da ação social. Neste centro os médicos e educadoras sanitaristas substituem os inspetores e delegados
1924 à SP é bombardeada e coluna prestes percorre o país, em busca de reforma-los.
1930 à Getúlio Vargas torna-se presidente e uniformiza a saúde publica, substituindo os CAPs que possuíam pouca eficiência pelos IAPs (Instituto de Aposentadorias e Pensões), no qual haveria um desconto mínimo no salario para ter direito a assistência medica e aposentadoria. Os trabalhadores deveriam participar da administração dos IAPs. Todos os recursos adquiridos com os IAPs eram investidos no financiamento da industrialização do país.
1935 à Coluna prestes tenta um levante militar contra o governo federal.
1937 à Nascem o Estado Novo e é criado o Ministério do Trabalho.
Com a necessidade da saúde publica combater a malária e proteger os soldados da borracha na Amazônia, o governo teve de criar a SESP (Serviço Especial de Saúde Publica), que tinha como função combater as epidemias com um trabalho preventivo.
1945 à Maior oposição ao Estado Novo e Getúlio Vargas é deposto.
Doutor Roberto José diz que utilização dos modelos de centros de saúde americanos consiste em médicos de todas as especialidades e grande quantidade de equipamentos ultramodernos.
A criação do Ministério da Saúde fortalece as ações em saúde publica, tornando-se assim uma medicina preventiva. Há uma defesa por parte dos médicos para que sejam criados institutos para cada tipo de doença (Ex. Leprosários para leprosos, sanatórios para tuberculosos e hospícios para loucos). Já outros defendem a criação de centros de saúde que mantenham uma maior aproximação com as condições sociais do povo ou a criação de um sistema de saúde para todos.
Os IAPs que possuem muito dinheiro estão construindo seus próprios hospitais e deixando empresas insatisfeitas com o atendimento medico. Uma solução para esse problema seria o uso da medicina de grupo, a qual consiste em empresas privadas fornecendo serviços médicos para os trabalhadores de sua contratante.
1964 à A ditadura militar toma conta do país e o arroxo salarial torna a população cada vez mais pobre, além disso, o êxodo rural traz mais miséria para as cidades aumentando a mortalidade infantil e as doenças. Tudo isso em decorrência do sucateamento da saúde publica, na qual há o abandono dos programas de saneamento e saúde.
Governo federal unifica todo o sistema previdenciário, que passou a ser chamado de INPS (Instituto Nacional de Previdência Social), o qual vai gerir todas as aposentadorias, pensões e assistência medica do país, esse sistema também foi estendido para todos os trabalhadores rurais. Além disso, o governo federal por meio do INPS permitiu que a iniciativa privada construísse hospitais privados, visando à ampliação do numero de leitos hospitalares. Esses hospitais atenderão os contribuintes do INPS.
Movimento de saúde: os bairros crescem rapidamente, mas sem nenhuma estrutura, faltando creche, posto de saúde, elevando os índices de mortalidade infantil.
1978 à Povo vai à luta, buscando melhores qualidades de saúde publica. Uma vez que a saúde é uma conquista popular. O governo cria o SINPAS (Sistema Nacional de Previdência e Assistência Social) que engloba o INAMPS (Instituto Nacional Assistência Médica e Previdência Social), o INPS e o IAPAS (Instituto de Administração Financeira da Previdência e Assistência Social).

1980 à A saúde publica é conquista do povo, por isso o mesmo não pode permitir o governo a deixe em segundo plano, fazendo com que populações inteiras fiquem sem assistência.

O IAPAS não consegue mais manter o INPS nem o INAMPS, com isso o sistema da previdência social é fechado e a população perde os seus direitos.

1986 à O povo pede um SUS (Sistema Único de Saúde) para todos, publico, de qualidade e controlado pela sociedade através dos conselhos de saúde. O SUS é conquistado e está na Constituição.

Princípios do SUS: Universalidade, Integralidade, Equidade e Participação social.

O SUS é um sistema universal que abrange todas as classes sociais, dando todo tipo de atendimento, desde a vacina ao transplante. Construindo assim uma justiça social, com o controle publico das ações nos conselhos e conferencias de saúde.

1990 à Aprovada à regulamentação do SUS com as leis 8080 e 8142.

Ministério da Saúde lança o PSF (Programa Saúde da Família), que prestará atendimento domiciliar a população. Esse programa só terá efeito caso haja uma assistência clinica individual, com a promoção e prevenção da saúde.

Planos de saúde exigem autorizações do governo para aumentar mensalidades ou irão começar a descredenciar médicos e hospitais. Além disso, há uma proposta de terceirização do SUS. Governo Lula manda Previdência social para reforma.

2006 à O SUS passa a ser parte do cotidiano dos brasileiros, desde ações ribeirinhas até o maior sistema de transplante do mundo. Além disso, é um grande produtor de insumos, medicamentos, vacinas e experiências na saúde que se tornaram exemplo para o mundo.

Atenção a saúde, formação critica do profissional, atendimentos de emergência, ações de maior complexidade, prevenção de epidemias, tudo isso gera a mais importante politica social vigente no Brasil. Isso é uma proposta publica, popular e democrática, já que mesmo com as dificuldades o SUS atende cerca de um milhão de pessoas por dia, sendo um dos maiores sistema públicos do mundo.

O SUS revolucionou a saúde publica brasileira e serve de exemplo para outros países.

quinta-feira, 15 de janeiro de 2015

Politicas de Saúde no Brasil

A criação das CAPs (Caixas de Aposentadorias e Pensões) em 1923 propunha garantir as classes trabalhistas assistência médica e após alguns anos de trabalho, aposentadoria “digna”, o que seria financiado pelas empresas, trabalhadores e União. Seguindo-se a isto, criou-se o projeto que previa o inicio das obras do centro de saúde, o qual propunha substituir as políticas emergenciais epidemiológicas por políticas de saúde educacionais e sanitaristas com um caráter ainda muito primitivo apesar de ser autoria do Dr. Geraldo Paula Souza que voltará dos estados unidos onde realizará um Curso de saúde publica. O Brasil ainda não dispunha de ciência e gestão capacitada para execução do projeto com pleno sucesso.

Em 1924 revoltas políticas tomam conta do país espalhando medo à população, a situação é amenizada com a posse do presidente Getúlio Vargas, que anuncia um decreto no qual uniformiza e centraliza as estruturas de saúde. Em 1932 o estado de São Paulo se arma contra o então presidente na tentativa de retirá-lo do poder, alegando o não cumprimento da constituição prometida em 1930, o que para à critica era uma forma disfarçada de rebelar-se contra o “pai dos pobres”.

O presidente Vargas anuncia ao país a criação das IAPs (Institutos de Aposentadorias e Pensões) substituindo as CAPs, iniciando com os marítimos e estendendo-se a todas as classes trabalhistas; Os IAPs preconizavam que os trabalhadores pagariam uma pequena porcentagem de seu salário e em troca teriam plena assistência médica, aposentadorias e pensões após uma longa vida de trabalho produtivo.

Não muito surpreendente o presidente anuncia nomear pessoas de sua inteira confiança para presidir os IAPs que movimentaria muito dinheiro despertando interesses alheios aos reais motivos de sua criação; seus recursos foram investidos na industrialização do país, bem mais do que na assistência médica levando rapidamente os IAPs à falência. As ações presidenciais desapontavam e indignavam a muitos que por volta de 1935 e 1939 lutaram para tentar depor o presidente que decreta estado de sitio, cria o estado novo e anuncia a criação do Ministério do Trabalho e das Indústrias elogiando em seu discurso o andamento do sistema previdenciário.

O SESP (Atividade do Serviço Especial de saúde Publica no Interior do país) financiado pelos Estados Unidos que tinha interesses na borracha entra no estado do Amazonas para tentar erradicar a malária. Trata-se de um programa de saúde publica que atua preventivamente com ações sanitárias e epidemiológicas atuando principalmente onde não existia nenhuma forma de ação de saúde destacando-se alguns Doutores como Manoel Carlos Chagas; os irmãos vilas boas que descobriam a cada nova expedição o papel importante das ações de saúde publica atuando no combate a varias epidemias.

As agitações políticas do país demonstravam a ineficiência de suas gestões; em 1994, Getúlio Vargas foi deposto assumindo a presidência o militar General Dutra formando também o partido comunista. Os avanços da saúde no país eram pautados pela má gestão e pela influencia dos americanos, que se baseavam em grandes hospitais com médicos de varias especialidades o que impedia que o indivíduo fosse analisado como um todo, mas sim por partes.  

Foram construídos grandes hospitais pelo setor privado com recursos da saúde publica, o governo financiava estas construções em troca dos convênios no qual estes deveriam oferecer atendimento aos trabalhadores e seus familiares, mas o que aconteceu foi obras faraônicas, convênios rompidos e recursos públicos desperdiçados, característica que se segue até os dias atuais.  

As eleições de 1950 garantem a Getúlio Vargas o retorno ao governo pelo voto popular, o mesmo cria o Ministério da Saúde prometendo aumentar e organizar as ações de saúde preventiva, executando separadamente os programas de prevenção e tratamento bem como aquisição dos medicamentos, no qual alguns doutores e pesquisadores das diversas áreas de saúde uniram-se na proposta de municipalizar as ações de saúde tentando levar atendimento gratuito a todos; O que ainda não era possível, mas já se davam os primeiros passos.

No governo Juscelino Kubistchek houve o crescimento da industrialização bem como o numero de associados aos IAPs, surge então à proposta de unificação dos sistemas previdenciários que não é aceita pelas classes dominantes, pois a mesma entendia que havia uma grande diferença nas condições econômicas de cada setor. Este descontentamento se agrava com a construção de hospitais pelos próprios IAPs, deixando empresas insatisfeitas com o atendimento medico. Uma solução para esse problema seria o uso da medicina de grupo, a qual consiste em empresas privadas fornecendo serviços médicos para os trabalhadores de sua contratante. Isso garantiria um maior contentamento de seus associados bem como redução no índice de faltas de seus trabalhadores por motivos de saúde o que geraria uma maior rentabilidade as empresas;

As constantes mudanças de governo atenuavam as diferenças sociais bem como atrasava o desenvolvimento das políticas de saúde publica do país, com a posse de João Goulart inicia-se um processo de arrocho salarial e de constantes repressões ao povo, e principalmente aos que ousavam criticar o governo, mas surgem pequenos movimentos que elucidam a população quanto à situação de miséria e calamidade que se instalava na nação. O êxodo rural crescia atenuando a pobreza nas cidades atuando como um fator agravante a proliferação das endemias, crescendo também os índices de mortalidade infantil, as pessoas tornavam-se cada vez mais pobres e sujeitas a condições precárias de vida. O governo estava sucateando a saúde deixando de manter serviços básicos de saneamento e assistência priorizando a iniciativa privada, pois esta teria como devolver recursos aos cofres públicos.

Ocorre então a unificação dos IAPs e outros órgãos em Instituto Nacional de Previdência Social, (INPS) que reuniria os recursos de todas as classes trabalhistas gerindo as aposentadorias, pensões e assistência médica, gerando uma arrecadação absurda. O governo Federal anuncia a extensão da previdência aos trabalhadores rurais e a construção de novos hospitais geridos pela iniciativa privada o que elucida a sequência histórica de mau uso dos recursos públicos, fraudes, superfaturamento de obras e má administração dos serviços, por outro lado nunca havia se prestado tantos serviços de saúde bem como liberação de pensões e aposentadorias em toda a historia da nação.

Apesar da repressão grupos de mulheres reuniam-se em suas comunidades para discutir formas de reivindicação pela saúde publica, pois o dinheiro só iria onde havia retornos, a censura proibia que as notícias sobre as condições de saúde e as epidemias fossem divulgadas distorcendo as informações sobre os fatos, contudo os movimentos de saúde foram ganhando força e conquistaram centros de saúde, também elegendo conselheiros de saúde pra continuar suas reivindicações centradas nas ações básicas de saúde bem como alternativas a assistência hospitalar.

O movimento popular de saúde participa da 8º Conferência Nacional de Saúde, em Brasília, sua abertura a população organizada é uma vitória dos grupos populares, estavam presentes trabalhadores de saúde, movimentos sociais e gestores, os quais lutavam por um Sistema Único de Saúde (SUS) publico e de qualidade para todos, controlado pela sociedade e pelos conselhos de saúde, tendo como princípios a Universalidade, a Integralidade, a Equidade e a Participação Social. Com o SUS a saúde surgiu como direito e não mais como favor, privilégio ou caridade, é universal para todos, ricos e pobres, com equidade enfrentando as desigualdades sociais, construindo a justiça social e com participação no debate das politicas e no controle publico das ações e dos serviços nos conselhos e nas conferências.

A marca mais importante para a criação do SUS foi à participação social, cada cidade pode contar com um conselho de saúde formado por usuários representando metade dos membros, a outra metade se divide igualmente entre os trabalhadores de saúde e os gestores de governos, instituições privadas e sem fins lucrativos. Eles fiscalizam, debatem e controlam as politicas de saúde e todos os recursos investidos.

Em 1990 conseguiram aprovar a regularização do SUS com as leis 8080 e 8142, sem melhorias na saúde o Ministério da Saúde lança o Programa Saúde da Família, o qual presta assistência domiciliar à população. Logo após, o publico brasileiro foi apresentado à rede mundial de computadores. A Embratel lança seu serviço experimental para que se possa conhecer melhor a Internet e tenham acesso a informações.

Enquanto a crise na presidência se aprofunda, parecendo não haver solução para o rombo, os planos de saúde estavam com tudo, mas eles gostavam mesmo era de pessoas saudáveis que não davam despesas, e muito dos pacientes eram jogados para o SUS, ou seja, eles queriam lucra sem despesas, e ainda exigiam autorização do governo para aumentar as mensalidades de seus associados, argumentando que estavam no vermelho e sem aumentos, com isso iriam começar a descredenciar hospitais e médicos. O governo estudava a implantação de uma grande reforma do estado brasileiro com a transferência da gestão de serviços públicos para entidades privadas, sem fins lucrativos e organizações sociais, uma de suas principais áreas de atuações foi a saúde, com a proposta de terceirização do SUS, tornando ainda mais difícil para o setor publico ter acesso a saúde de qualidade, uma vez que quem podia pagar ou que tinha plano de saúde seriam atendidos imediatamente.

Com a posse de Lula, o governo anuncia que está mandando para o congresso o projeto de reforma previdenciária, depois de estar praticamente falida, a previdência não poderia mais continuar do mesmo jeito, alguma coisa precisava se feita.

Em 2006, 20 anos depois da 8º conferência, o SUS faz parte do cotidiano da população sendo a mais importante e avançada politica de saúde no Brasil, sem duvida nenhuma, pois é uma proposta popular e democrática que aponta para a justiça social. Foi uma luta muito complicada, principalmente para moradores de periferias, tendo como resultado a implantação do Sistema Único de Saúde, que é universal atingindo todas as classes sociais, integral dando todo tipo de atendimento, desde uma vacina ao transplante, com o controle publico de todas as ações que ocorrem no sistema. E mesmo com as dificuldades o SUS atende cerca de um milhão de pessoas por dia, sendo um dos maiores sistema públicos do mundo. Além de revolucionar a saúde publica brasileira, ele serve de exemplo para outros países.

Período Embrionário (4ª A 8ª semana) e Período Fetal (9ª ao parto)

Período Embrionário
          No começo da quarta semana inicia-se a organogênese, ocorre o dobramento do disco embrionário trilaminar que é composto por ectoderma, mesoderma e endoderma. No 24º dia aparecem os arcos faríngeos, o embrião está começando se encurvar. Entre o 26º e 27º dia os brotos dos membros superiores tornam-se reconhecíveis; as fossetas óticas começam a aparecer e no fim da quarta semana o quarto par de arcos faríngeos e os brotos dos membros inferiores estão visíveis.
          Durante há quinta semana são visíveis traços faciais, incluindo a boca e a língua; os olhos têm retinas e lentes. O principal sistema muscular está desenvolvido, há o crescimento da cabeça causado pelo rápido desenvolvimento do encéfalo e das saliências faciais. A face está em contato com o coração. As células sanguíneas do embrião são agora produzidas pelo fígado em vez do saco vitelino. Os Brotos dos membros superiores estão em forma de remo e inferiores em forma de nadadeiras;
          Na sexta semana os membros superiores começam a apresentar uma diferenciação com o desenvolvimento dos cotovelos e das grandes placas das mãos com raios digitais. A boca começa a se formar e coração rudimentar pode ser visto batendo, a coluna já está visível. Ocorrem movimentos espontâneos do tronco e dos membros; olhos e pescoço são evidentes e o tronco a se endireitar.
          Começam a surgir na sétima semana chanfraduras entre os raios digitais das placas das mãos separando os futuros dedos; a comunicação entre o intestino primitivo e saco vitelino está reduzida a um ducto estreito, o pedículo vitelino.

          No inicio da ultima semana os dedos das mãos estão separados, mas unidos por membranas. Chanfraduras são visíveis entre os raios digitais dos pés; a cauda ainda está presente; o coro cabeludo já apareceu. No fim desta semana todos os membros são evidentes; ocorre apoptose nas membranas dos dedos e dos pés; acontecem os primeiros movimentos voluntários dos membros; começa a ossificação; a cabeça ainda é desproporcionalmente grande; a região do pescoço já está definida e as pálpebras são mais evidentes; as orelhas externas começam a assumir sua forma final e começa existir diferenças entre os sexos.

Sistema Respiratório

SISTEMA RESPIRATÓRIO


  1. CONCEITO
  1. DIVISÃO
  1. COMPONENTES


A respiração consiste na absorção, pelo organismo, de oxigênio (O2) e na eliminação do gás carbônico (CO2) resultante das oxidações celulares. O sangue é um elemento intermediário entre as células do organismo e o meio habitado pelo animal, servindo como condutor de gases entre eles. O oxigênio (O2) é usado continuamente para reações intracelulares que liberam energia a partir das moléculas de nutriente e produzem ATP. Ao mesmo tempo essas reações metabólicas liberam gás carbônico (CO2)


2.1. PORÇÃO CONDUTORA: Sistema de tubos e cavidades que ligam dentro e fora dos pulmões. Tem a função de levar o ar inspirado até a porção respiratória, conduzindo o ar até os pulmões. Compreende o nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e bronquíolos terminais.
2.2. PORÇÃO RESPIRATÓRIA: Tecidos pulmonares onde ocorre a troca gasosa. Tem a função de realizar as trocas gasosas. Compreende os bronquíolos respiratórios e os alvéolos.


Os órgãos do sistema respiratório são: nariz, faringe, laringe, traquéia, brônquios, bronquíolos e alvéolos.

3.1. NARIZ: É um órgão visível externamente que comunica o meio externo ao meio interno. É formado pelo esqueleto ósseo e cartilaginoso e as narinas internas que compreendem a cavidade nasal. É dividida em duas cavidades nasais pelo septo nasal. O nariz tem a função de filtrar, aquecer e umidificar o ar inspirado para que seja melhor aproveitado durante a troca gasosa, detecta estímulos olfatórios e modifica as vibrações da fala.

3.2. FARINGE: É um tubo muscular em forma de funil que começa nas narinas internas e estende-se até a laringe. È formado por músculo esquelético e se divide em nasofaringe, orofaringe e laringofaringe. Faz comunicação com dois sistemas, o respiratório e digestório. Na parede lateral da nasofaringe aparece o óstio faríngico da tuba auditiva, que faz sua comunicação da faringe com o ouvido.

3.3. LARINGE: É um órgão tubular curto que é via aerífera e órgão de fonação, ou seja, de produção de som. Possui um esqueleto músculo cartilaginoso e  no seu final as pregas vocais.  A porção compreendida entre as pregas vocais é denominada glote e é continuada diretamente pela traquéia. A Epiglote é uma cartilagem localizada entre a faringe e a laringe e serve para seletivar a entrada de ar para os pulmões e alimento para o esôfago. Durante a deglutição a laringe se eleva causando o fechamento da glote, dessa forma durante a deglutição o alimento é direcionado para o esôfago.

3.4. TRAQUÉIA: Estrutura tubular que serve de passagem para o ar localizada à frente do esôfago. É constituída por uma série de anéis cartilaginosos incompletos, em forma de C, sobrepostos e ligados entre si. As cartilagens da traquéia proporcionam-lhe rigidez suficiente para impedi-la de colapsar e ao mesmo tempo fica assegurada a mobilidade e flexibilidade da sua estrutura durante a respiração. Divide-se em dois tubos: brônquio principal direito e esquerdo, e o local de sua bifurcação é chamado de Carina. Internamente a traquéia possui em suas paredes fibras elásticas, células caliciformes e ciliadas (cílios).

         3.5. BRÔNQUIOS: São ramificações da traquéia que se dirigem aos pulmões, são também formados por anéis de cartilagem em forma de C e possuem cílios internamente. Dividem-se em brônquios de calibre cada vez menores. Divide-se cerca de 24 vezes até chegar aos alvéolos formando a árvore brônquica:

Brônquio principal: direito e esquerdo------Brônquio lobar: três à direita e dois à esquerda-----                                 Brônquio seguimentar: 10 em cada pulmão------Bronquíolos------Bronquíolos terminais-----Bronquíolos respiratórios------Alvéolos.
À medida que se ramificam as paredes brônquicas perdem os cílios e o tecido cartilaginoso vai sendo substituído por músculo liso.

3.6.PULMÕES: São dois órgãos localizados na caixa torácica responsável pela troca gasosa, um direito e outro esquerdo, o direito é dividido em três lobos e o esquerdo dividido em dois lobos. Os pulmões são separados um do outro pelo coração e estruturas do mediastino. Formados por alvéolos e revestidos pela pleura.

Alvéolos: Unidade básica da respiração. São sacos constituídos de células e glicoproteinas revestidos por uma membrana elástica e capilares pulmonares para a troca gasosa. Recebem o ar rico em O2 para transportá-lo ao capilar sanguíneo e CO2 dos capilares para serem eliminados para a atmosfera. Essa troca é feita por difusão, ou seja, do meio de maior concentração para o meio de menor concentração. Os pulmões têm cerca de 300 milhões de alvéolos. Ocorre a saída de CO2 dos capilares para os alvéolos e a chegada de O2 dos alvéolos para os capilares (hematose), a partir daí o O2 vai ser distribuído para todas as células do corpo, através do sistema circulatório.

Pleuras: Cada pulmão está envolto por uma membrana serosa completamente fechada, a pleura, que apresenta dois folhetos: a pleura visceral que reveste intimamente o pulmão e a parietal que recobre internamente a parede do tórax e tem continuidade com a pleura visceral. Entre as duas pleuras há um espaço, a cavidade pleural onde existe pequena quantidade de liquido para permitir a mobilidade dos pulmões durante a respiração e durante o repouso manter sempre os pulmões abertos. Na cavidade pleural a pressão gerada pelo liquido pleural é negativa o que permite a insuflação pulmonar constante. O pulmão é uma estrutura elástica que sofre colapso se não houver uma força o mantenha insuflado. Durante a inspiração há expansão da caixa torácica, as pleuras tracionam o pulmão com uma força maior e então o ar entra para os pulmões. Após atingir um volume suficiente para troca gasosa o ar sai dos pulmões passivamente.

3.7. ETAPAS DA RESPIRAÇÃO

A Respiração pode ser dividida em três processos funcionais:
3.7.1.      Ventilação pulmonar: Entrada e saída de ar entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares. Compreende a inspiração e expiração.
3.7.1.      Respiração externa: Difusão de O2 e CO2 entre os alvéolos e o sangue. O sangue do capilar pulmonar ganha O2 e perde CO2
3.7.2.      Respiração interna: Troca de O2 e CO2 entre o sangue nos capilares sistêmicos e as células teciduais. O sangue perde O2 e ganha CO2. Dentro das células as reações que consomem O2 e liberam CO2, durante a produção de ATP, é denominada respiração celular.

3.8.      VENTILAÇÃO PULMONAR
É o processo pelo qual os gases são trocados entre a atmosfera e os alvéolos pulmonares

3.8.1. Inspiração: Movimento de entrada de ar para os pulmões (inalação).
Durante a inspiração os pulmões se expandem devido ao movimento do diafragma que se contrai rebaixando e trazendo os pulmões na mesma direção. Os intercostais elevam as costelas aumentando o diâmetro da caixa torácica e assim permitindo a abertura pulmonar (expansão dos pulmões). Nesse momento o ar entra para os pulmões já que a pressão dentro deles é menor que na atmosfera. Durante os movimentos dos músculos respiratórios há o movimento das pleuras, o que permite que os pulmões acompanhem o movimento da caixa torácica.

3.8.2. Expiração: Movimento de saída de ar dos pulmões (exalação). Ocorre passivamente com relaxamento dos músculos inspiratórios. Resulta da retração elástica da parede do tórax e pulmões onde a pressão dentro dos pulmões aumenta mais que a pressão atmosférica causando assim a saída de ar dos pulmões. Nesse movimento os pulmões diminuem de tamanho.

3.9. REVESTIMENTO MUCOSO DAS VIAS RESPIRATÓRIAS

As vias respiratórias são mantidas úmidas por uma camada de muco que reveste todas suas superfícies. Esse muco é secretado por células caliciformes e glândulas submucosas. O muco também aprisiona pequenas partículas do ar inspirado e impede que chegue aos alvéolos. Do nariz até os bronquíolos terminais existem cílios, eles batem continuamente com freqüência (10 a 20 vezes por segundo) levando o muco e as partículas capturadas para a faringe e dali ser eliminado.

4.REGULAÇÃO DA RESPIRAÇÃO

O ritmo básico da respiração é controlado por um conjunto de neurônios localizados no tronco encefálico
 (ponte e bulbo). Essa área é denominada centro respiratório, local de onde saem os impulsos para os músculos respiratórios. A respiração pode ser influenciada voluntariamente pelo individuo ou através do aumento de CO2 e diminuição de O2 no sangue circulante.



EXERCÍCIO
1)O que é basicamente a respiração?
2)Quais os órgãos do sistema respiratório?E suas funções?
3)Descreva o caminho do ar até os pulmões
4)Onde se localiza e p/ que serve a glote e a epiglote?
5)Como são divididos os brônquios?
6)Qual o principal órgão da respiração e como ele é formado?
7)Como é dada a divisão do sistema respiratório?Explique
8)Explique:
a)Inspiração
b)Expiração
9)O que é hematose?Explique como ela ocorre
10)Quais as etapas da respiração? Explique cada uma delas
11) Como ocorre a regulação da respiração?