sexta-feira, 27 de fevereiro de 2015

DA MEDICINA DO TRABALHO À SAÚDE DO TRABALHADOR

Quais as principais características da medicina do trabalho (na sua origem e na sua evolução)?
No inicio deveriam ser serviços dirigidos por pessoas de inteira confiança do empresário e que se dispusessem a defendê-lo; Deveriam ser serviços centrados na figura do médico; A prevenção dos danos à saúde resultantes dos riscos do trabalho deveria ser tarefa eminentemente médica; A responsabilidade pela ocorrência dos problemas de saúde ficava transferida ao médico.
Durante sua evolução a medicina do trabalho constituiu fundamentalmente uma atividade médica, e o "locus" de sua prática dá-se tipicamente nos locais de trabalho. Buscavam assegurar a proteção dos trabalhadores contra todo o risco que prejudique a sua saúde e que possa resultar de seu trabalho ou das condições em que este se efetue; Contribuir à adaptação física e mental dos trabalhadores, em particular pela adequação do trabalho e pela sua colocação em lugares de trabalho correspondentes às suas aptidões;
A "adequação do trabalho ao trabalhador", limitada à intervenção médica, restringe-se à seleção de candidatos a emprego e à tentativa de adaptar os trabalhadores às suas condições de trabalho, através de atividades educativas;
Atribui-se à medicina do trabalho a tarefa de "contribuir ao estabelecimento e manutenção do nivel mais elevado possível do bem-estar físico e mental dos trabalhadores", conferindo-lhe um caráter de onipotência, próprio da concepção positivista da prática médica.

Como e por que evoluiu a medicina do trabalho para a saúde ocupacional?
Por causa da impotência da medicina do trabalho para intervir sobre os problemas de saúde causados pelos processos de produção no periodo do pós-guerra, gerando alto custo provocado pela perda de vidas - abruptamente por acidentes do trabalho, ou mais insidiosamente por doenças do trabalho sendo sentido tanto pelos empregadores (ávidos de mão-de-obra produtiva), quanto pelas companhias de seguro, às voltas com o pagamento de pesadas indenizações por incapacidade provocada pelo trabalho.
Crescem tambem a insatisfação e o questionamento dos trabalhadores - ainda que apenas 'objeto' das ações - e dos empregadores, onerados pelos custos diretos e indiretos dos agravos à saúde de seus empregados. Sendo assim, a resposta, racional, "científica" e aparentemente inquestionável traduz-se na ampliação da atuação médica direcionada ao trabalhador, pela intervenção sobre o ambiente, com o instrumental oferecido por outras disciplinas e outras profissões.
A "Saúde Ocupacional" surge, sobretudo, dentro das grandes empresas, com o traço da multi e interdisciplinaridade, com a organização de equipes progressivamente multi-profissionais, e a ênfase na higiene "industrial", refletindo a origem histórica dos serviços médicos e o lugar de destaque da indústria nos países "industrializados".
A racionalidade "científica" da atuação multiprofissional e a estratégia de intervir nos locais de trabalho, com a finalidade de controlar os riscos ambientais, refletem a influência das escolas de saúde pública, onde as questões de saúde e trabalho já vinham sendo estudadas há algum tempo.
Na legislação, expressou-se na regulamentação do Capítulo V da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), reformada na década de 70, principalmente nas normas relativas à obrigatoriedade de equipes técnicas multidisciplinares nos locais de trabalho (atual Norma Regulamentadora 4 da Portaria 3214/78); na avaliação quantitativa de riscos ambientais e adoção de "limites de tolerância" (Normas Regulamentadoras 7 e 15), entre outras.

Por que o modelo da saúde ocupacional se mostrou insuficiente?
Até os anos 70 predominava a concepção positivista de que a medicina teria ampla autonomia e estaria no mesmo nível que os outros subsistemas – como econômico, politico e educacional - e a suposição de que seria possível transformar a sociedade a partir de qualquer um desses setores.
Esta visão de mundo sustenta a teoria da multicausalidade do processo saúde-doença, segundo esta teoria os fatores de risco do adoecer e morrer tem os mesmos valores ou potencial de agressão ao homem visto como hospedeiro. Esta era a concepção na qual se baseava a pratica da saúde ocupacional.
A partir do final dos anos 60 surgem criticas a esta concepção e a denuncia dos efeitos negativos da medicalização, surgem também no campo da medicina praticas alternativas de autocuidado da saúde, uso de tecnologia simplificada e a ênfase na participação comunitária.
Nesse intenso processo social de discussões teóricas e de praticas alternativas, torna ressurgir a discussão teórica sobre a articulação de saúde na sociedade, ganhando corpo a teoria da determinação social do processo saúde-doença, cuja centralidade se coloca no trabalho, contribuindo para aumentar os questionamentos sobre a medicina do trabalho e a saúde ocupacional.
Os trabalhadores explicitam suas desconfianças nos procedimentos técnicos e éticos dos profissionais dos serviços de saúde ocupacional (segurança higiene e medicina do trabalho), desmorona o mito dos “limites de tolerância” que fundamentou a saúde ocupacional (principalmente higiene e toxicologia), o conceito de “exposição segura” é abalado e os estudos dos efeitos comportamentais provocados pela exposição a baixas doses de chumbo e de solventes orgânicos põem em xeque os critérios de “proteção de saúde” que vigiram nos países ocidentais.
A modificação dos processos de trabalho em nível “macro” (terceirização da economia e “micro” (automação e informatização) acrescentado à eliminação dos riscos nas antigas condições de trabalho provocam um deslocamento no perfil de morbidades causada pelo trabalho: as doenças profissionais clássicas tendem a desaparecer e a preocupação desloca-se para outras doenças relacionadas ao trabalho, ganham destaque as doenças cardiovasculares, distúrbios mentais, câncer, entre outras deslocando-se assim  a vocação de saúde ocupacional passando esta a se ocupar a da promoção de saúde derrubando totalmente a tese da saúde ocupacional.
Dentre outros fatores inclui-se o modelo mantem o referencial da Medicina do Trabalho firmado no mecanismo. Não concretiza o apelo a interdisciplinaridade: as atividades apenas se justapõem de maneira desarticulada e são dificultadas pelas lutas corporativas. O modelo, apesar de enfocar a questão no coletivo de trabalhadores, continua a aborda-los como “objeto” das acões de saúde.

Em que contexto surge à saúde do trabalhador?
Surgiu na Inglaterra, na metade do seculo XIX, com a Revolução Industrial, quando o proprietario de uma fabrica, Robert Dernham, se preocupou com o fato de seus operarios terem um desgaste muito grande, passarem por um processo acelerado de trabalho e não dispunham de nenhum cuidado medico, a não ser aquele proporcionado pelas Intituições Filantropicas. Então colocou um medico dentro de sua fabrica, surgindo assim em 1930 o primeiro servico de medicina do trabalhador.
A saúde do trabalhador surge num contexto de mudanças sociais onde a classe trabalhadora deixava de ser totalmente passiva, e começa atuar como classe ativa na relação saúde doença, as mudanças nas condições de trabalho atropelaram as teses da saúde ocupacional baseada na logica ambiental. As mudanças ocorridas durante este processo bem como o deslocamento no perfil de morbidade dos trabalhadores, sugere a mudança na forma de se tratar a saúde surgindo à ideia de “promoção de saúde“ cuja principal ideia é a educação em saúde. Com o objetivo de mudar o estilo de vida das pessoas

Quais as caracteristicas da saude do trabalhador
Como característica básica desta nova prática, destaca-se a de ser um campo em construção no espaço da saúde pública. Assim, sua descrição constitui, antes, uma tentativa de aproximação de um objeto e de uma prática, com vistas a contribuir para sua consolidação enquanto área.
Cabe ainda mencionar o esforço que vem sendo empreendido no campo da saúde do trabalhador para integrar as dimensões do individual x coletivo, do biológico x social, do técnico x político, do particular x geral. E um exercício fascinante, ao qual têm se dedicado os profissionais de saúde e os trabalhadores, que parece apontar uma saída para a grave crise da "ciência médica" ou das "ciências da saúde", neste final de século.
Entre outras características básicas, destacam-se: ganha corpo um novo pensar sobre o processo saúde-doença, e o papel exercido pelo trabalho na sua determinação; Há o desvelamento circunscrito, porém inquestionável, de um adoecer e morrer dos trabalhadores, caracterizado por verdadeiras "epidemias", tanto de doenças profissionais clássicas (intoxicação por chumbo, mercúrio, benzeno, e a silicose), quanto de "novas" doenças relacionadas ao trabalho, como a LER (lesões por esforços repetitivos);

São denunciadas as políticas públicas e o sistema de saúde, incapazes de dar respostas às necessidades de saúde da população, e dos trabalhadores, em especial; Surgem novas práticas sindicais em saúde, traduzidas em reivindicações de melhores condições de trabalho, através da ampliação do debate, circulação de informações, inclusão de pautas específicas nas negociações coletivas, da reformulação do trabalho das Comissões Internas de Prevenção de Acidentes (CIPAs), no bojo da emergência do novo sindicalismo.

sábado, 24 de janeiro de 2015

Experimento com carboidratos

Introdução
Carboidratos são moléculas orgânicas formadas por carbono, hidrogênio e oxigênio. São as principais fontes de energia para os sistemas vivos, uma vez que a liberam durante o processo de oxidação. Participam na formação de estruturas de células e de ácidos nucleicos. 
Os de constituição mais simples são monossacarídeos, possuindo fórmula geral (CH2O)n, sendo o “n” o número de átomos de carbono. São, geralmente, de sabor adocicado e podem ser trioses, tetroses, pentoses, hexoses ou heptose. A glicose, monossacarídeo extremamente importante para a nossa vida como fonte de energia, é uma hexose de fórmula C6H12O6. A frutose e a galactose são, também, hexoses. 
Dissacarídeos são moléculas solúveis em água, resultantes da união de dois monossacarídeos, por uma ligação denominada glicosídica. Quando ocorre esse evento, há a liberação de uma molécula de água (desidratação). Sacarose (glicose + frutose), lactose (glicose + galactose) e maltose (glicose + glicose) são três exemplos bastante conhecidos. 
Polissacarídeos são formados pela união de diversos monossacarídeos, sendo a celulose, amido e glicogênio os mais conhecidos e os de maior importância biológica. São formados por cadeias longas e podem apresentar moléculas de nitrogênio ou enxofre. Não são solúveis em água.

Objetivo
Todos os experimentos tiveram como finalidade caracterizar e identificar os carboidratos. Este é um ensaio qualitativo, pois a intenção é descobrir a presença ou não de amido.

Matériais:
Tubo de ensaio (Volume minimo de 15ml)
04 estantes para tubos
Pipetas de 1ml e de 10 ml
Pêras
Conta-gotas
Bicos de Bunsen
Béquer de 100ml
Vidro de relógio

Reagentes:
Solução de amido
Acido sulfurico concentrado
Solução de lugol
Sacarose(açúcar)
Etanol 95%

Procedimentos:
A)   Reação de lugol: em um tubo de ensaio colocou-se 1 ml de solução de amido e depois acrescentou-se 2 gotas de lugol (iodo). A solução foi aquecida no Bico de Bunsen e continuamente agitada. O tubo foi retirado do aquecimento e posto para esfriar um pouco e depois foi resfriado em agua corrente. 
Resultado: depois de acrescentada duas gotas de lugol ao amido, a solução ficou azul escuro, indicando a presença do amido. Após um certo de aquecimento no bico de Bunsen a solução descorou (ficando bem clara, com um tom de cor transparente ou incolor). E ao resfriar com a agua a cor retornou.  por ser uma Moléculas de alto peso molecular, o amido  (composto por amilose e a amilopectina) sofre reações de complexação, com formação de compostos coloridos. O que ocorreu nesse procedimento foi a complexação da amilose e da amilopectina com o iodo, resultando em complexo azul e vermelho-violáceo. 
B)   Precipitação em etanol: em um tubo de ensaio foi misturado 5mL de etanol 95% a 1mL de solução de amido, que foi posto em um funil de separação onde sofreu o processo de decantação. O composto de dividiu em uma parte mais transparente e outra mais esbranquiçada, ao “abrir” o funil apenas a substancia mais branca que se encontrava embaixo desceu do funil, permanecendo nele apenas a substancia transparente. Em seguida com a Pipeta retirou-se a substancia transparente (que estava no funil) afim de descobrir qual substancia restou no funil. Nessa substancia acrescentou se lugol, que ao reagir com a substancia ficou com uma cor mais clara. 
Resultado: após a decantação o composto se dividiu em duas partes: uma mais transparente e outra mais esbranquiçada. Com a adição de lugol a essa substancia transparente, a reação desse composto criou uma cor mais clara, provando a ausência de carboidratos. Esta reação é consequente da falta de interação entre a amilopectina e o lugol (iodo), tornando a coloração menos intensa 
C)   Reação de desidratação: numa balança analítica foi pesado 1,05 gramas de sacarose comercial (açúcar comum) que foi posto em um béquer de 100 ml e adicionado 3 ml de acido sulfúrico. 
Resultado: o acido sulfúrico desidrata o açúcar, retirando a agua que nele contem deixando apenas carboidratos. Sabendo que o açúcar é composto por: oxigênio + hidrogênio + carboidrato, essa retirada da agua fez com que a substancia fosse escurecendo dando uma aparência de queimada/carvão. Após a retirada da água da molécula de açúcar (sacarose) sobra apenas o carvão (carbono).

Considerações finais

Em suma, o objetivo principal foi alcançado permitindo que fosse possivel a caracterização e identificação dos carboidratos. Levando ao entendimento sobre como ocorre a ação dos reagentes nos carboidratos, alem da identificação da presença ou ausencia de amido. Esses experimentos permitiram o aprendizado sobre tecnicas de caracterização dos carboidratos.

Nomeclaturas Quadril, Membros Inferiores (MMII) e Pé

QUADRIL: 
Ílio, Ísquio e Púbis
·         Fossa do acetábulo
·         Face semilunar
·         Incisura do acetábulo
·         Forame obturatório

FÊMUR:
(Epífise, Diáfise, Metáfise)
·         Cabeça do fêmur
·         Fóvea da cabeça do fêmur
·         Colo do fêmur
·         Côndilos medial e lateral

PATELA

TÍBIA:
(Epífise, Diáfise, Metáfise)
·         Tuberosidade da tíbia
·         Maléolo medial
·         Côndilos medial e lateral

FÍBULA:
·         Cabeça da fíbula
·         Ápice da cabeça da fíbula
·         Maléolo lateral

OSSOS DO PÉ:
·         Calcâneo
·         Tálus
·         Navicular
·         Cubóide
·         Cuneiformes (3)
·         Metatarsos (I, II, III, IV, V)
·         Falanges (distal, média e proximal)
·         Pododáctilos (I, II, III, IV, V)
     *Hálux

Nomeclaturas Membros Superiores (MMSS) e Mão

ESCÁPULA
·         Acrômio
·         Borda lateral e medial
·         Ângulo superior e inferior
·         Espinha da escápula
·        Cavidade glenóide

CLAVÍCULA
·         Extremidade esternal
·         Extremidade acromial

ÚMERO
·         Cabeça do úmero
·         Fossa do olécrano
·         Fossa radial (é bom saber)
·         Fossa coronóide (é bom saber)

ULNA
·         Olécrano
·         Incisura troclear

RÁDIO
·         Cabeça do rádio
·         Colo do rádio
·         Tuberosidade do rádio

OSSOS DA MÃO
·         Escafoide
·         Semilunar
·         Piramidal
·         Pisiforme
·         Trapézio
·         Trapezoide
·         Grande osso ou Capitato
·         Unciforme ou Hamato
·         Metacarpos (I, II, III, IV, V)
·         Falanges (distal, média e proximal)

·         Quirodáctilos (I, II, III, IV, V)

sábado, 17 de janeiro de 2015

Resumo da Lei nº8080

Resumo da Lei nº8080
Lei n. 8.080, 19 de setembro de 1990

Sancionada pelo Presidente da República, Sr. Fernando Collor, e decretada pelo Congresso Nacional, foi publicada no Diário Oficial da União em 20 de setembro de 1990.

Essa lei dispõe sobre as condições para a promoção, proteção e recuperação da saúde, a organização e o funcionamento dos serviços correspondentes e dá outras providências. Vigorando em todo o território nacional, para qualquer ação ou serviço de saúde realizado por pessoas ou empresas.

Todos os Seres Humanos tem direito a prestação dos serviços de saúde básica e de especialidades, sendo esse fornecido pelo Estado. O dever do Estado de garantir a saúde consiste na formulação e execução de políticas econômicas e sociais que visem à redução de riscos de doenças e de outros agravos e no estabelecimento de condições que assegurem acesso universal e igualitário às ações e aos serviços para a sua promoção, proteção e recuperação. Entretanto, o dever do Estado não exclui o dever das pessoas, da família, das empresas e da sociedade.

A saúde tem como fatores determinantes a alimentação, a moradia, o saneamento básico, o meio ambiente, o trabalho, a renda, a educação, o transporte, o lazer e o acesso aos bens e serviços essenciais; os níveis de saúde da população expressam a organização social e econômica do País. 

Promovendo condições de bem estar físico, mental e social.
Constituem o Sistema Único de Saúde (SUS) as ações e os serviços de saúde de instituições públicas federais, estaduais e municipais, da Administração direta e indireta e Fundações mantidas pelo Poder Público. Seus objetivos são:
I.a identificação e divulgação dos fatores condicionantes e determinantes da saúde;II.a formulação de política de saúde destinada a promover, nos campos econômico e social, o dever do Estado de garantir a saúde;III.a assistência às pessoas por intermédio de ações de promoção, proteção e recuperação da saúde, com a realização integrada das ações assistenciais e das atividades preventivas.


Os campos de atuação do SUS, ainda, são: a execução de ações de vigilância sanitária, epidemiológica, farmacêutica, de saúde do trabalhador e de assistência terapêutica integral, inclusive farmacêutica; a organização de políticas e ações de saneamento básico; sangue e hemoderivados; recursos humanos na saúde; vigilância nutricional; proteção ao meio ambiente; de medicamentos e insumos de interesse; de fiscalização (alimentos, produtos, transporte, guarda); desenvolvimento científico e tecnológico.

Seguem os princípios da universalidade de acesso; integralidade de assistência; preservação da autonomia das pessoas na defesa de sua integridade física e moral; igualdade da assistência à saúde; direito à informação divulgação de informações quanto ao potencial dos serviços de saúde e a sua utilização pelo usuário; utilização da epidemiologia para o estabelecimento de prioridades; participação da comunidade; descentralização político-administrativa; integração dos das ações da saúde, meio ambiente e saneamento básico; conjugação dos recursos financeiros, tecnológicos, materiais e humanos da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios na prestação de serviços de assistência à saúde da população; capacidade de resolução dos serviços de assistência; e organização para evitar duplicidade de meios para fins idênticos.

Os serviços de saúde serão organizados de forma regionalizada e hierarquizada em nível de complexidade crescente. E sua Direção, conforme o inciso I do art. 198 da Constituição Federal é única, exercida no âmbito da União pelo Ministério da Saúde e no âmbito dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, pela respectiva Secretaria de Saúde ou órgão equivalente. Os Municípios podem constituir consórcios para desenvolver serviços de saúde.

Serão criadas comissões intersetoriais de âmbito nacional, subordinadas ao Conselho Nacional de Saúde, integradas pelos Ministérios e órgãos competentes e por entidades representativas da sociedade civil. Essas comissões articulam as seguintes políticas e programas: alimentação e nutrição; saneamento e meio ambiente; vigilância sanitária e farmacoepidemiologia; recursos humanos; ciência e tecnologia; e saúde do trabalhador.

São necessárias comissões permanentes de integração entre os serviços de saúde e as instituições de ensino profissional e superior, cuja finalidade é propor prioridades, métodos e estratégias para a formação e educação continuada dos recursos humanos do SUS.

Coube a União, financiar o Subsistema de Atenção à Saúde Indígena. Foram estabelecidos o atendimento domiciliar e a internação domiciliar, que são componentes do SUS, bem como o cumprimento obrigatório da presença, junto à parturiente, de 1 (um) acompanhante durante todo o período de trabalho de parto, parto e pós-parto imediato.

Os profissionais liberais legalmente habilitados e pessoas jurídicas de direito privado podem prestar assistência na promoção, proteção e recuperação da saúde. Para as empresas estrangeiras a participação direta ou indireta na assistência à saúde é vinculada à obtenção de autorização junto ao órgão e direção nacional do SUS.

Os registros e acessos aos serviços de informática e bases de dados, mantidos pelo Ministério da Saúde e pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social, será assegurado às Secretarias Estaduais e Municipais de Saúde ou órgãos congêneres.
Em tempo de paz e havendo interesse recíproco, os serviços de saúde das Forças Armadas poderão integrar-se ao SUS.